domingo, 19 de junho de 2011

Quilombolas de Camaputiua pedem ajuda ao NEABI/IFMA


Ilustríssimos/as Senhores/as,

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, em sintonia com os paradigmas educacionais da atualidade, tem demonstrado comprometimento em desconstruir a histórica constatação de que vivemos “em uma sociedade marcada por profundas desigualdades sociais, de classe, de gênero, étnico-raciais, geracionais, e de pessoas com deficiência”, (CONAE/2010-Documento Final, pag. 123).
Em assim se propondo, constituiu através da Resolução nº 08 de janeiro de 2010 do CONSUP (Conselho Superior), o Núcleo de Estudos Afro brasileiro e Índio descendentes, o qual está estruturado para desenvolver  ensino, pesquisa e extensão ligadas às questões étnico-raciais e indígenas e deverá observar em seus estudos sub-temas comuns, a exemplo das Comunidades Negras Rurais comunidades indígenas dentre outras. (Regimento Interno do NEABI/IFMA)
Nos dias 06 e 07 de junho de 2011, durante sua reunião ordinária que ocorreu na cidade de Santa Inês, o Núcleo de Estudos Afro brasileiros e Indiodescendentes NEABI/IFMA recebeu pedido de apoio feito pelo líder quilombola Edinaldo Padilha da comunidade quilombola de Camaputiua em Cajari - MA. Além do pedido, chegou-nos informações de que ocorreu no dia 11/05/2011, no quilombo de Camaputiua em Cajari-MA, uma reintegração de posse, a qual, conforme imagens apresentadas em vídeo, culminou em “atos de violência contra as famílias, com a queima de casas, espancamento de moradores e ameaças de morte”.
Ainda segundo o documento que foi enviado ao NEABI, a situação em Camaputiua, é preocupante, os moradores temem a qualquer hora haver derramamento de sangue naquela comunidade, haja vista, segundo Edinaldo Padilha, “as constantes ameaças a que estão submetidos” , para evitar que tais ameaças se concretizem, solicitam  “a ação rápida da justiça e dos órgãos responsáveis pela titulação do Território, como o INCRA”. Pedem também a contribuição dos movimentos sociais e de Direitos Humanos que possam ir até o quilombo e constatar a situação de perto. Os quilombolas reivindicam que o processo de titulação seja acelerado.
Diante desta solicitação de apoio, e considerando que o Instituto Federal do Maranhão tem estudantes advindos de famílias das comunidades tradicionais, inclusive, dos quilombolas,  o NEABI/IFMA, vem respeitosamente encaminhar às autoridades constituídas, as preocupações dos moradores da Comunidade de Camaputiua, a fim de que sejam apuradas as informações apresentadas  e dados os devidos encaminhamentos.
Santa Inês, 07 de junho de 2011-06-13
Núcleo de Estudos afro-brasileiro e Indiodescendentes-NEABI/IFMA

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